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Imobiliário de luxo vai continuar a crescer

24 março 2017, Jornal Económico

Nem só as cidade de Lisboa e do Porto estão na mira dos compradores de imobiliário de luxo, a procura por propriedades rurais está a crescer e a despertar o interesse de investidores estrangeiros.

A continuidade das políticas de incentivo à reabilitação urbana e o tecido imobiliário de Lisboa e Porto, com um número elevado de imóveis a necessitar de recuperação total, asseguram uma cadência de oferta de mercado imobiliário de luxo para os próximos anos. Começa, também, a notar-se uma procura por zonas mais rurais próximas das grandes cidades, que permitem uma maior qualidade de vida estando perto dos centros urbanos. Verifica-se ainda, que o perfil do consumidor pode estar a mudar, o que leva a crer que ainda existe mercado para explorar.

Revelações feitas por Isabel Ravara, administradora do Siimgroup, um grupo de empresas que atuam no mercado imobiliário com competências específicas na mediação imobiliária, consultoria financeira, gestão de arrendamento, intervenção urbana e apoio a investidores estrangeiros. Na mediação imobiliária atuam sob a insígnia RE/MAX, no mercado de luxo com a designação Collection e ainda com a marca Countryside, que centra a sua especialização na mediação imobiliária de compra e venda de propriedades rurais e agrobusiness, em parceria com o grupo Euroeste.

A responsável revela ainda que se vive um bom momento imobiliário em Portugal, em que os preços m2, apesar do seu aumento nos último anos, ainda são baixos comparados com o resto da Europa. "Como consequência, assistimos a um aumento da procura, tornando o mercado ativo e rápido nos momentos de tomada de decisão para quem quer comprar ou vender. No entanto, a oferta imobiliária ainda não acompanha este ritmo, mas dá sinais de explorar novas soluções", salienta.

Isabel Ravara revela que, em termos globais, é possível afirmar que este mercado de luxo representa cerca de 40% das vendas do Siimgroup. Em 2016 foram transacionados 84 milhões de euros em imóveis Collection, num total de mais de 200 milhões de euros transacionados pelo grupo, representando um aumento de 26% face ao ano anterior. Com a aposta reforçada neste mercado, um dos objetivos estratégicos do Siimgroup é o alargamento operacional da atividade da RE/MAX Collection Siimgroup, que num segmento Collection e num novo espaço inaugurado no dia 16 de março, no Chiado, assenta num conjunto de pressupostos que exigem uma maior proximidade e confiança entre proprietários, investidores e operadores imobiliários do segmento de luxo. "Esperamos ainda que o setor da construção civil esteja atento aos sinais positivos deste mercado e nos venha oferecer novas construções, em zonas de franca conversão urbana, que poderão ser soluções muito interessantes para o investidor", adianta.

Apesar do foco do imobiliário de luxo se centrar neste momento nos centros das cidades, sobretudo Lisboa e Porto, a propriedade rural continua a ser um ativo procurado por investidores nacionais e estrangeiros. É por esse motivo que Isabel Ravara acredita que as propriedades rurais são um produto diferente, atrativas e desafiantes para a mediação imobiliária, pelas suas múltiplas particularidades, tais como a dimensão, a localização, e pelas diversas áreas de negócio que podem proporcionar.

"No âmbito da estratégia de expansão do Siimgroup, estabeleceu-se uma parceria com o grupo Euroeste, numa combinação de conhecimentos que visam a consolidação do crescimento e reconhecimento do grupo no mercado Português para servir com excelência este tipo de cliente", explica.

A procura destas propriedades tem vindo a aumentar, sendo que a diversidade de compradores é cada vez maior. A responsável salienta ainda que os apoios comunitários à produção para este setor ao cliente tem tornado a compra destas propriedades mais aliciante, sendo o retorno ao investimento o principal fator de decisão. Os principais clientes que procuram as propriedades rurais continuam a ser os investidores nacionais, enquanto os investidores estrangeiros mais representativos são cidadãos brasileiros, que procuram propriedades com atividade agropecuária, os franceses para a agropecuária e vinha, ao passo que os chineses procuram propriedades com vinha e olival.

A administradora acredita que todas as condições que motivaram o dinamismo do mercado imobiliário nos últimos três anos irão manter-se em 2017 e que Portugal continua atrativo como alternativa interessante ao investimento, principalmente com a visibilidade crescente nos centros de Lisboa e Porto. Antecipa mesmo que o crescimento de turismo irá manter-se, devido ao desvio de fluxos turísticos de destinos concorrentes, com instabilidade politica/social, à pressão da procura por edifícios suscetíveis de acolherem estabelecimentos de hotelaria, tradicionais ou inovadores (Hostel/AL) e o regresso dos investidores particulares na procura de rendimento e a competição no crédito bancário com redução acentuada dos spreads ao longo de 2016.

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