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Reabilitação domina oferta no segmento de luxo nos centros históricos

30 novembro 2016, Jornal Público

Oferta não consegue fazer face ao aumento da procura no segmento residencial de luxo. Siimgroup aprofunda mercado Countryside.

Portugal é um país que se “posiciona nos mercados externos, tornando-se atrativo para o investimento”. No segmento residencial de luxo, “continuamos a notar que o número de transações vem aumentando de acordo com o crescimento da oferta”. Porém, de acordo com Isabel Ravara, administradora do Siimgroup, “a oferta ainda não conseguiu até agora fazer face ao aumento da procura”.

De acordo com a mesma responsável, o mercado assiste “nos últimos anos ao aumento da procura” que é “liderada pelos incentivos ao investimento estrageiro”, nos casos os regimes de autorização de residência para investimento (ARI) e Residentes Não Habituais. Para além disso, dados outros fatores como “a visibilidade alcançada pelos centros históricos de Lisboa e Porto”, propiciada pelo “desvio de fluxos turísticos de destinos alternativos”; o “aumento da oferta e redução dos custos de deslocação com operadores low cost” e; “a competitividade dos rendimentos no imobiliário face a ofertas dos produtos financeiros”, Isabel Ravara considera que “não existem perspetivas a curto prazo de alteração destes fatores positivos”. Assim, “do lado da procura, a pressão irá manter-se”.

Já do lado da oferta “vimos um aumento de uma forma lenta mas consistente, existindo muitos projetos em desenvolvimento, mas quase todos já com percentagens altas de pré-vendidos”. Assim sendo, “os preços nos segmentos mais altos devem manterse e o seu aumento poderá notarse em determinados casos diferenciados como a localização”, entre outros.

Investir para arrendar
O segmento alto/luxo vem sendo dominado pelos projetos de reabilitação nas zonas do centro histórico quer em Lisboa, quer no Porto, sendo “um mercado que continua bastante ativo na capacidade de atrair o investimento estrangeiro”, assegura Isabel Ravara. No universo das vendas de habitação de luxo concluídas pelo Siimgroup, os estrangeiros continuam a pesar 25% (em termos de valor dos imóveis transacionados) até Outubro de 2016, sendo ainda os chineses, brasileiros e franceses as nacionalidades com maior expressão nestas compras.

A maioria deste investimento estrangeiro procura comprar os ativos para rentabilizar através do arrendamento. No entanto, “alguns dos cidadãos brasileiros e franceses demonstram a vontade de optarem pela residência no nosso país”, adianta.

Lisboa ainda tem um preço por m2 “muito inferior à maior parte das principais cidades europeias e isso tem sido um dos principais argumentos para atrair o investimento estrangeiro”, prossegue. Ainda fatores como “o clima, a gastronomia, a segurança e outras condições de excelência que Portugal oferece a quem quer investir são muito importantes na escolha do nosso país”.

A emergência do campo
Paralelamente, o Siimgroup refere“o aumento na procura de outras localizações próximas de Lisboa”, na componente campo (Countryside). Como exemplo, Isabel Ravara reporta a angariação dos terrenos Vila Nova de Santo Estevão e Mata do Duque I e II, com áreas entre os 1000m2 a 30000m2, que “são excelentes oportunidades imobiliárias para quem quer investir numa segunda ou até primeira habitação, usufruindo da tranquilidade de viver no campo, e continuar muito próximo de Lisboa”.

Em conclusão, a responsável do Siimgroup afirma que “Portugal é um país que se posiciona nos mercados externos tornando-se atrativo para o investimento”. Como consequência, o Siimgroup, durante o ano de 2016, continua a estar presente em diversas feiras e missões imobiliárias internacionais para promoção imobiliária do país, marcando presença de 9 a 11 de Dezembro na Luxury Property Show, em Shanghai.

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